top of page

Prevendo Trump matematicamente por modelo estatístico

É hora de aplicar meu conhecimento em engenharia civil, utilizando o potencial das ferramentas matemáticas para realizar simulações e análises em um exercício de transformação do modelo de comportamento de Donald Trump ao longo de sua trajetória. A ideia é atribuir pesos a diferentes variáveis e identificar padrões de fluxo em suas reações, seja quando ele é contrariado, seja quando é obedecido. Ressalto que esse tipo de análise não possui precisão milimétrica, situando-se no campo das probabilidades. Não se trata de uma abordagem que a psicologia, com sua perspectiva humanista, necessariamente endossaria, já que prioriza aspectos mais qualitativos. Portanto, não encarem os resultados como previsões absolutas, mas sim como estimativas probabilísticas, mantendo a interpretação dentro desse escopo.


Base de análise:

  1. Histórico de comportamento (2015–2024)

  2. Padrões em crises

  3. Estilo de comunicação (ex: Twitter (X), comícios, mídia)

  4. Ambições políticas futuras (2024 e além)


Ações Prováveis de Trump – com base em comportamento passado:

1. Manter presença forte na mídia (90% de probabilidade)

  • Trump valoriza exposição. Seja por comícios, redes sociais (como Truth Social), entrevistas ou declarações polêmicas, ele sempre busca dominar o ciclo de notícias.

  • Alta chance de fazer declarações polarizadoras para mobilizar base.

2. Contestar resultados eleitorais caso perca (70–80%)

  • Com base em 2020, há uma alta chance de Trump alegar fraude ou irregularidades se for derrotado.

  • Isso vale mesmo para eleições primárias ou estaduais, se envolverem aliados dele.

3. Apoiar candidatos leais a ele (80%)

  • Ele tende a apoiar e endossar quem o apoia incondicionalmente. A lealdade pessoal é central.

  • Pode "cancelar" antigos aliados que se distanciem (ex: Mike Pence).

4. Lançar mão de discurso nacionalista/populista (90%)

  • "America First", retórica anti-imigração, anti-China, contra globalismo.

  • Essa narrativa mobiliza sua base, então é altamente provável que continue.

5. Agir contra instituições que o desafiem (60–75%)

  • Pode atacar o judiciário, FBI, imprensa, ou qualquer instituição que o investigue ou critique.

  • Isso se intensifica em períodos de investigações ou julgamentos.

6. Buscar imunidade ou proteção legal (60%)

  • Se estiver enfrentando processos ou investigações, há uma boa chance de tentar usar manobras legais ou políticas para proteção.

  • Inclusive tentando moldar o sistema jurídico a seu favor.

7. Lançar ou apoiar medidas econômicas populistas (50%)

  • Ex: cortes de impostos, tarifas comerciais, ou promessas de revitalização industrial.


Programado para ser imprevísivel?
Programado para ser imprevísivel?

Estilo de Decisão Tarifária de Trump

1. Nacionalismo Econômico (Altíssima probabilidade – 90%+)

  • Trump usa tarifas como uma ferramenta de proteção da indústria americana, dentro do discurso "America First". não significa que ele manterá as tarifas, na verdade, é provável que use como arma para conseguir objetivos

  • Ele tende a ver o comércio global como um jogo de soma zero, se outro país está ganhando, os EUA estão perdendo.

  • Tarifas são vistas por ele como armas de negociação, não apenas medidas econômicas.

2. Uso estratégico e político de tarifas (80–90%)

  • Não é só sobre economia: ele usa tarifas como instrumento político para pressionar países (ex: China, México).

  • Exemplo clássico: ameaçou tarifas sobre o México para conter imigração – ou seja, usou política tarifária como "moeda de troca" para uma questão migratória.

3. Decisões unilaterais e imprevisíveis (60–75%)

  • Durante seu governo, ele frequentemente ignorou acordos multilaterais, preferindo negociações bilaterais.

  • Tomava decisões tarifárias sem aviso prévio ou consenso entre aliados (ex: tarifas sobre o Canadá e UE com base em "segurança nacional").

4. Hostilidade com a China (90%)

  • A relação comercial com a China é central. Alta probabilidade de aumento ou manutenção de tarifas se ele retornar ao poder.

  • Ele alega que a China "rouba empregos" e "espionagem econômica", então as tarifas são tanto econômicas quanto simbólicas.

5. Aversão a organizações multilaterais (60–70%)

  • Provável que questione ou minimize o papel da OMC (Organização Mundial do Comércio).

  • Pode agir fora dos canais tradicionais para impor medidas tarifárias.


Probabilidade de ações específicas

Ação

Probabilidade estimada

Aumentar tarifas sobre produtos chineses

90%

Impor tarifas para proteger setores específicos (aço, alumínio, etc)

80%

Ameaçar tarifas como forma de pressão política (imigração, defesa, etc)

75%

Retaliar países que adotem políticas verdes contra produtos dos EUA

70%

Cortar tarifas para aliados estratégicos (caso haja negociação direta)

50%

Retomar acordos multilaterais como o TPP

10% ou menos

Conclusão

Trump enxerga tarifas não só como ferramenta econômica, mas como alavanca de poder geopolítico e de narrativa nacionalista. Ele tende a usá-las:

  • Para parecer forte diante da base,

  • Para pressionar adversários,

  • E para consolidar uma imagem de “defensor da classe trabalhadora americana”.


Enquanto finalizava este post, acompanhei pelo canal TCNews, especializado em finanças e mercado de capitais, que Elon Musk está furioso com Peter Navarro, conselheiro de tarifação e uma das vozes mais influentes nas políticas econômicas de Donald Trump. A tensão escalou com trocas de insultos pesados, caracterizando um verdadeiro "fogo amigo". Esse conflito interno pode impactar o perfil protecionista de Trump, seja enfraquecendo-o, para mais ou para menos, a possibilidade de permanecer inalterado parece a menos provável.

Quanto a Navarro, sua abordagem pouco se diferencia da de um ministro econômico com perfil típico de países como a Venezuela. Ele demonstra uma visão limitada e simplista sobre o funcionamento dinâmico dos mercados, o que levanta questionamentos sobre a eficácia de suas políticas.

Comentários


bottom of page