Gigante e bilionário, o Grupo JCPM nasceu em um povoado do sertão sergipano
- Ricardo Gurgel
- 28 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de abr.
No pequeno povoado de Serra do Machado, no município de Ribeirópolis, Sergipe, um simples armazém deu origem ao que se tornaria o supermercado Hiper Bompreço. Esse foi o embrião do hoje imponente Grupo JCPM, um conglomerado que abriga grandes empresas e empreendimentos em diversos setores. Entre seus principais destaques estão:
Shoppings Centers
| Empreendimentos Imobiliários
| Sistema Jornal do Commercio de Comunicação
|
A expansão começou a ganhar força com a inauguração de uma loja na sede do município, dez anos após a abertura da mercearia no povoado.

E assim, João Carlos Paes Mendonça (JCPM), ajudando o pai se tornou um gigante não só do comércio, mas também da comunicação, em 1987 adquiriu o grupo Jornal do Commercio e o ampliou. João Carlos + Jornal do Commercio : JC + JC!
E, para deixar tudo ainda mais incrível, vale contar uma história à parte: o tio e padrinho de João Carlos Paes Mendonça, Mamede Paes Mendonça, também criou um gigante dos supermercados no Brasil. Nascido em Ribeirópolis, ele fundou a Rede Paes Mendonça de Supermercados, que chegou a contar com inúmeras lojas nos estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. João Carlos Paes Mendonça vendeu a Rede Bompreço com a intenção de sair do ramo, antecipando a iminente chegada de redes internacionais ao mercado. Certamente, a experiência do tio, Mamede Paes Mendonça, que enfrentou as pressões do setor e acabou vendendo sua rede já enfraquecida, reforçou a convicção de João Carlos em tomar essa decisão.

Comunicação
A Rádio Jornal é uma referência no rádio brasileiro, com décadas de história e uma marca consolidada. Mesmo no Rio Grande do Norte, é reconhecida como uma grife pernambucana de peso. Especializada em esportes e notícias, a emissora construiu uma audiência fiel, ancorada na paixão do público pelo futebol e na credibilidade de sua cobertura jornalística.
Fazendo parte de um grupo de comunicação sólido, a Rádio Jornal tem a segurança necessária para inovar e ousar como poucas conseguem. Não por acaso, seria uma das primeiras emissoras a liderar a transição para o rádio digital – um caminho que, infelizmente, foi interrompido pelo congelamento da agenda de digitalização no Brasil.
Segue como uma das campeãs nacionais em audiência nos segmentos de notícia e esporte. Seu alcance e influência a colocam em posição de vanguarda, capaz não apenas de acompanhar tendências, mas também de defini-las.
Tenho a crença de que a determinação em adquirir o sistema de comunicação tenha surgido de seu fanatismo pelo Náutico. Ser torcedor, afinal, é ser um ouvinte apaixonado e viciado, a Rádio Jornal é um dos grandes símbolos do rádio futebol . É apenas uma suspeita intuitiva minha, nada que eu possa confirmar.

Há uma fascinante reportagem na revista ISTOÉ Dinheiro, intitulada 'O Midas do Nordeste', que vale a pena conferir (veja o link: https://istoedinheiro.com.br/o-midas-do-nordeste-2/). É uma história digna de cinema, que revela como os limites podem ser incrivelmente superados e como as conquistas podem ultrapassar até mesmo nossos maiores sonhos.
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