91,9 ≠ 1090
- Ricardo Gurgel
- 14 de mar.
- 1 min de leitura
Atualizado: 15 de mar.
Antes, meus pais ouviam a Rádio Rural AM de Natal. Depois da migração para o FM, eles deixaram de ouvi-la. A qualidade do sinal melhorou bastante, tornando-se facilmente captável em casa, assim como a sintonia ficou mais simples.
Mas o que mudou para eles foi claro. No AM, em 1090 kHz, a emissora tinha uma programação quase 100% católica, com raros momentos musicais, já à tarde, eles ouviam padres, mais padres e basicamente uma rádio de conversa e reflexão, algo que os prendia bastante. No FM, a programação virou mista — parte católica, parte musical, com um estilo popular que a aproximou de outras rádios. Sim, ainda há conteúdo católico, mas é apenas uma parte, não mais o que os atraía nos tempos de AM.
Foi preciso um esforço conjunto de toda a Igreja Católica no estado para realizar a mudança, com grande apoio e campanhas de quem esperava similar filosofia de programação, agora com a vantagem de um áudio melhor e protegida contra o apagamento do AM
Será que não teria sido melhor manter o nicho? Não é uma crítica do tipo 'vocês deviam focar no nicho', mas uma pergunta sincera: será que não era?
Há tempos eles não ouvem a 91,9. Será que ela mudou e agora é 100% católica, será que voltou a ser o que eles gostavam nos tempos de AM, mas o hábito de não ouvir os impede de perceber isso? Como fazer com que notem?
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